Diretrizes da escola frente ao uso das mídias sociais
1. Contextualização do
uso de Mídias Sociais na Escola
Com o avanço das tecnologias nos
mais variados ambientes sociais que vem modificando e complementando a forma de
agir e pensar dos indivíduos surge a necessidade de refletir sobre o uso das
novas tecnologias de informação e comunicação no processo educativo. A escola
como espaço informativo, construtor e transformador de relação entre os homens
e com o mundo, faz com que a escola insira mecanismos nas suas metodologias que
complementem a prática de ensino e aprendizado, tornando essa ação mais
eficiente e agradável aos envolvidos no processo.
A escola hoje se tornou um espaço
onde o uso das tecnologias se faz necessário, pois o fluxo de informações se
tornou mais intenso, graça ao uso de equipamentos conectados a internet, onde se
destaca o uso dos computadores, celulares, tablets, smartphones, etc., que
estão frequentemente inseridos dentro da sala de aula, interligando os
conhecimentos básicos aos mais complexos da grade curricular. Assim, nossos
alunos buscam estar inseridos nos meios tecnológicos destes, as redes sociais
têm destaque e maior preferência por oferecerem perfis para diferentes tipos de
usuários, principalmente adolescentes e jovens. É uma realidade que deve ser
trabalhada entre o aluno, o professor, a informação e o conhecimento. Aí está
uma bela oportunidade de os educadores se apropriarem da situação para mediar e
orientar os educandos em como utilizar as redes sociais para corroborar na
formação e construção de diretrizes que sejam aliadas ao processo de ensino e
aprendizagem.
2. Justificativa para o
uso das Mídias Sociais na Escola
A implantação dos recursos tecnológicos na educação contribui para
a melhoria de informações, aumenta o acesso ao conhecimento, permite agilizar e
tornar mais eficiente a comunicação entre professores, alunos e instituição. No
entanto, apesar dos avanços das tecnologias estarem contribuindo para novos
modelos de ensino e de aprendizagem, ainda encontramos professores e gestores
que resistem ao uso dessas tecnologias, principalmente o uso das redes sociais
como ferramenta educativa, por descrerem no potencial desses instrumentos midiáticos,
ignorando que, nossos alunos vivem o tempo em que a tecnologia faz parte da
vida da geração que nasceu com um celular, smartphone ou tablet nas mãos.
3. Diretrizes
Segundo Betina Von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia
Educacional da Positivo Informática, “O mais importante é fazer com que os
professores se lembrem de que não existe tecnologia impermeável, mas
comportamentos adequados nas redes”.
As normas abaixo relacionadas ao uso
das tecnologias na educação buscam promover a equidade de aprendizagem garantindo
que conteúdos propostos sejam trabalhados de forma interativa e dinâmica, sem
deixar de considerar os diversos contextos nos quais os alunos estão inseridos,
possibilitando o sucesso destes no meio sócio tecnológico.
·
O primeiro passo é que cada professor tenha
como objetivo planejar suas ações de acordo com as necessidades e realidades
dos alunos e para tanto deve conhecê-los, procurar saber o que eles sabem e o
que querem. Os alunos se queixam pela forma como a escola proíbe atitudes
relacionadas ao uso de tecnologias que são hábitos normais no seu cotidiano. A
sugestão é que a escola tenha uma nova postura a fim de tornar possível,
interessante e significativo o trabalho em nossas salas de aula, incorporando
constitutivamente as diversas tecnologias ao currículo. Aliar aos saberes
tecnológicos de nossos alunos experiências sobre modos de ler, escrever e
participar de situações de comunicação, por vezes bem distintas das vivenciadas
no espaço físico da sala de aula. O ”saber fazer” de nossos alunos pode,
inclusive, ajudar a romper de vez a tradicional relação de saber/poder entre
professor e aluno, com vistas à construção de um legítimo espaço colaborativo,
onde todos podem assumir papéis de destaque.
·
Integrar nosso fazer na escola, incorporar o
uso do celular como ferramenta de pesquisa, investigação e aprendizado! Se eles
dominam a tecnologia, que tal uma parceria para um projeto sobre jornal (que
reúne uma variedade de gêneros), por exemplo, iniciando pela discussão sobre as
relações entre diferentes versões impressas e digitais, de forma a favorecer a
produção de um jornal digital dos alunos? Se gostam e entendem tanto de
tecnologia, por que não pensar em um blog, no qual todos os alunos teriam
condição de publicar diferentes textos, em função de variados assuntos e áreas
disciplinares, com espaço para troca de opiniões e frequente construção de
conhecimentos.
·
Outra questão geradora de controvérsias é o
fenômeno do face book. Não há como a escola ignorá-lo tampouco proibir, pois a
maioria dos estudantes usa como forma de comunicação com os amigos e é fato que
a maior parte do tempo que eles passam na internet é fazendo uso dessa
ferramenta. O que a escola precisa fazer é orientá-los a utilizá-lo de forma
produtiva. Nesse sentido é essencial que o professor tenha conhecimento acerca
das dinâmicas comunicacionais da cibercultura, principalmente no que se refere
à interação e a utilização de ferramentas midiáticas.
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Para que as mídias sociais seja um instrumento
de educação e cidadania é preciso definir e discutir entre as partes,
aluno/professor, as formas adequadas para utilizá-las. Cabe ao professor
fundamentar os conceitos necessários para que o aluno possa aprender a lidar
com a imensurável quantidade de informações disponíveis na internet.
4. Considerações Finais
Analisando de uma forma geral o uso das tecnologias como ferramenta
de aprendizagem na escola em que trabalho, pude observar que alguns professores
já usam, embora de maneira tímida, como ferramenta de aprendizagem. É compreensível
que inserir as mídias no espaço escolar é extremamente desafiador. Muitos
educadores e alunos têm uma visão crítica diferenciada com relação à utilização
das ferramentas tecnológicas no processo de ensino e aprendizagem questionando
o impacto no meio educacional onde estas, contribuem ou não, para a construção
do conhecimento. É perceptível no cotidiano pedagógico certa expectativa, por
parte de alguns professores, quanto à disponibilidade em usar recursos
midiáticos como ferramenta educativa, uns por insegurança, outros por
resistência em fazer mudanças na prática pedagógica.
É importante que professores e alunos, pais e comunidade escolar,
reconheçam que podem adquirir novos conhecimentos relacionados às tecnologias
de informação e comunicação, mesmo que seus conhecimentos sejam pequenos ou
limitados. Além disso, o professor precisa se ver como elemento importante de
uma nova sociedade em transformação, em que o uso de tecnologias como os
dispositivos móveis e o uso de redes sociais podem colaborar para seu
aprimoramento profissional e fazer diferença no seu fazer pedagógico.
Cursista: Maria Lúcia Linhares